O outside com mais estilo…
07:12A banda Dogma participou de um festival com bandas independentes realizado neste último domingo (13/06) no Luar Rock Bar e o Female Rock Squad foi de pertinho conferir o show. Foi a apresentação nº 80 da banda e o que podemos ver foi um show cheio de peso, com as músicas próprias e covers e a energia incrível de um power trio provando que as divergências acontecem, mas que com a amizade e vontade de realizar o sonho em comum tudo é esquecido no palco. Antes da performance tivemos o privilégio (e exclusividade) de mais uma vez conversar com os membros da banda, desta vez completa!
FRS: Quais as novidades nestes últimos tempos?
Fuzz: “a Rock Sul está nos patrocinando neste show e em breve terá música nova também, a gente está pensando em gravar finalmente.”
Jonnhy: “nova música O Silêncio logo mais...pra todo mundo ouvir no myspace”
Fuzz: “ a melhor música do Dogma!”
Jonny: “ a mais punk!”
FRS: Há algum projeto de um álbum oficial?
Jonnhy: “CD oficial a gente pretende até o fim do ano, mas não podemos prometer nada ainda, mas estamos com a idéia de lançar um EP oficial depois que gravarmos esta música nova. A gente pretende comercializar este EP em shows, no myspace e em breve na nova novidade que é o site da banda que vai inaugurar também.”
FRS: Já tem shows fora de São Paulo – capital?
Jonnhy: “ a gente pretende voltar pra Jundiaí, mas é um lance que temos que ver direitinho pq público fora de São Paulo nós temos, mas não temos contato com casas que possam dar o gasto pra podermos ir.”
FRS: O que diferencia o Dogma das outras bandas que estão tocando neste festival?
Fuzz: “ a amizade, a vontade de fazer, tempo de fazer acontecer já são 4 anos. A gente não está a toa.”
Jonnhy: “o ponto mais forte do Dogma é a amizade que temos, porque tudo que acontece com o outro a gente preocupa e tenta ajudar um ao outro. Isso ajuda na banda, porque fica mais forte e a vontade dos 3 é igual de fazer acontecer. Quando a gente chega pra tocar é de verdade com todo o sentimento. Não importa se tem 1 ou 10 mil pessoas, a gente toca com todo o sentimento que temos na hora. Acho que é isso que diferencia. Não adianta você tocar as músicas que estão na moda pra você conquistar um público, você tem que tocar com vontade as suas músicas que você conquista o seu público, com sua idéia.”
Fuzz: “O que diferencia também são as parcerias. A gente apenas não restringe em vender o ingresso pro pessoal simplesmente ir. Isso ajuda a agregar o máximo de gente possível. Quanto mais melhor e assim que funciona.”
FRS: Caio (Fuzz) foi o último a entrar na banda, como foi o processo de escolha?
Jonnhy: “estávamos eu e o corvo voltando de um estúdio que fomos conhecer e estávamos pensando em outro guitarrista pra virar um quarteto. Aí a gente pensou em vários nomes, entramos no metrô e quando chegamos no ônibus olhamos pro banco e estava escrito Caio “vamos chamar o Caio!””
* Caio é nome de uma empresa de transportes em São Paulo *
Fuzz: “ o Caio já sabia tocar quase todas as músicas, já tinha se auto-colocado pra banda e falando o seguinte “não quero fazer teste não, se me chamar é pra banda mesmo””
FRS: Primeiramente o nome da banda era Lítio, porque a mudança para Dogma?
Jonnhy: “Quando conheci o Corvo ele tinha uma banda cover de Marillyn Manson chamada Dark Manson e o Caio (Fuzz) entrou depois nessa banda e foi na época que eu passei na casa do ex-baixista, o Lucas, pra pedir cigarro eu estava indo pra aula de teatro vi ele na rua eu “beleza cara!?” e ele “beleza!”. Na época eu tinha uma banda chamada The Rocks que estava meio parada e eu conheci ele e começamos falar bastante de punk, metal, Nirvana....o que a gente pirou foi no grunge que a gente curtia as mesmas bandas.”
Corvo: “ falou Nirvana acabou”
Jonnhy: eu virei pro Corvo e disse que era louco pra tocar num cover de Nirvana e ele também, mas não era pra fazer um cover oficial, era mais pra tirar uma zueira daí então era só tocar mesmo, ele disse “vamos montar um cover de Nirvana” eu falei “demorô”. Na época eu tinha muita vontade de tocar bateria, mas ele disse “eu faço bateria” eu “droga perdi!” ele “faz guitarra e vocal, você já sabe tocar as músicas e já era vocalista na outra banda” eu “beleza e o baixista?” nisso a gente estava acompanhado do Lucas e falamos “Lucas, faz baixo pra gente” e ele virou e falou “não sei tocar baixo””
Fuzz: “Geralmente no mundo do rock falam sempre que o baixista é o mais incompetente que ele não precisa saber tocar.”
Jonnhy: Como era cover de Nirvana montamos o Lítio. Primeiro pensamos em vários nomes, o nome da música do Neil Young “My my hey hey”. A gente pensou em colocar In utero porque é o meu álbum favorito do Nirvana, mas não roulou. Daí a gente colocou Lítio que é Lithium em português. Só que o engraçado que virei pro Corvo e disse “ Corvo vamos fazer música própria?” ele “demorô, vamos!” . A gente tocou nos ensaios do Nirvana dos ensaios pro primeiro show da banda tocamos músicas próprias que foi “Servos mais leais”.
FRS: Influências pessoais...
Fuzz: “Didi Ramone, gosto bastante do Duff (Guns'n'Roses), Cabelo meu professor”
Corvo: o meu é Jonh Bohan, pra mim ele já basta. O que ele faz pro Led Zeppelin...ele é muito mestre...muita gente reclamava que o show não era igual o disco, eles improvisavam muito principalmente o Bohan.
Jonnhy: o primeiro é o Jonnhy Ramone pela simplicidade, vontade e garra. Ele podia fazer um lá o tempo inteiro, mas aquele lá tinha um sentimento que se tornava em milhares de acordes e eu viajo e outro é Mike Mckready do Pearl Jam que ele improvisa sempre e é com aquele sentimento. Vocalista gosto do Layne Staley do Alice In Chains e o Deus Mark Lanegan do Screamimg Trees.
FRS: Um adjetivo pra classificar o Dogma...
Jonnhy: “Um adjetivo? Droga, sabia que não deveria ter cabulado as aulas de português. Acho que amizade.”
Corvo: “Companheirismo.”
Fuzz: “rock'n'roll”
O Dogma tem mais 7 apresentações no bar "Outs" (R. Augusta 486 - Consolação) sendo a primeira dia 03/07 .
Pra mais informações em: http://www.clubeouts.com.br/
ou com o Dogma em: www.myspace.com/bandadogmarock
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