Backstage Queens: atitude e rock'n'roll, com um toque de maquiagem

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Backstage Queens: Gabriella Lima (baixo), Camile Vilela (guitarra), Nadia Vilares (vocal), Carolina Dias (bateria) e Érica Mota (guitarra)
Por: Ingrid Natalie (@ingridnatalie)

Em um mundo aonde os homens são a maioria, essas meninas provam que mulher tem sim espaço no rock'n'roll. Essa é a banda Backstage Queens, formada por Nadia Vilares (vocais), Érica Motta (guitarra solo), Carolina Dias (bateria), Camile Vilela (guitarra base) e Gabriella Lima (baixo). O quinteto de São Paulo faz do hard rock e heavy metal sua especialidade.

O início da carreira do Backstage Queens deu-se de forma um tanto intricada. O grande responsável por tudo foi Rod Havokk, baterista do Dissonant Nightmare. Ele comentou com sua amiga Érica Motta, que tinha interesse em  formar uma nova banda e que precisava de uma baixista. Nesta banda já estava a vocalista Nadia que coincidentemente estudava na mesma escola que Érica e da baterista Carolina. Consequentemente Rod também citou o nome de Gabriella, eles haviam se conhecido em um bar na capital paulista. Outro grande fator que contribuiu para o surgimento do Backstage originou-se com a saída de Gabriella de uma outra banda que ela fazia parte. A partir daí o entrosamento apareceu e para dar mais peso Gabriella sugeriu a entrada de Camile, o resto é história.

Desde então elas tem deixado sua marca em diversas casas de shows importantes em São Paulo, como Café Piu-Piu, Little Darling, Blackmore e Manifesto Rock Bar. Mas, o grande reconhecimento veio quando elas foram convidadas para tocar no festival Monsters Of Rock em 2013 aonde dividiram espaço com grandes nomes do rock como Aerosmith, Whitesnake, Korn e Slipknot. E pra quem pensa que é só isso, repense.

Elas estão preparando o primeiro vídeo-clipe e prometem um disco com músicas próprias. Confiram nossa entrevista com essas simpáticas e talentosas musicistas:

FRS: Conte-nos sobre o início. Como vocês se conheceram e decidiram formar a banda? 

Gabriella: O início é algo meio confuso, porém curioso. Eu e a Camile fazíamos parte de uma  outra banda, que por razões diversas chegou ao fim. No mesmo dia em que isso aconteceu, um amigo meu, o Rod, veio falar comigo a respeito de uma colega dele que estava precisando de baixista para terminar de formar uma banda feminina de rock. Essa garota era a Érica, guitarrista solo, que já contava com a Nadia nos vocais e a Carol na bateria. A Érica conheceu as garotas no colégio e na escola de música, respectivamente. Topei o convite na hora e dei a sugestão de acrescentarmos uma guitarra base, que era a Camile. Marcamos um ensaio, deu tudo certo e o time estava formado! 


FRS: Li que o nome Backstage Queens foi escolhido por um amigo de vocês que é fã de Scorpions e que teve a ideia de mostrar que as mulheres precisam sair do backstage e se expor mais. Vocês acreditam que as mulheres estão tendo mais espaço no rock'n'roll ? 

Nadia: Bom, acredito que sim. Isso acontece porque as mulheres estão arriscando cada vez mais, mesmo sofrendo mais preconceito do que os homens. 

Camile: Também acho que sim. Apesar dos homens permanecerem maioria, o que temos traz bastante força. Existem figuras como Lita Ford, Orianthi, Jennifer Batten, Lzzy Hale e Joan Jett que representam bem essa ideia. 

Carolina: Concordo. Há algum tempo era muito mais difícil encontrar bandas femininas e atualmente isso tem se tornado cada vez mais comum. 


Backstage Queens mostrando o poder feminino durante apresentação no Monsters Of Rock em Outubro de 2013.
Foto: Alexandre Oliver
FRS: Quais as principais influências da banda? 

Érica: Cada uma é mais voltada para um estilo diferente dentro das diversas vertentes do rock, mas quando nos juntamos para compor é perceptível que o que reunimos como influência é Kiss, Guns N’ Roses e um toque de Neil Young. 

FRS: Como as experiências que vocês tiveram desde o início até hoje contribuíram para gerar a sonoridade que a banda tem nos dias atuais? 

Nadia: Sem dúvidas, a nossa relação de banda dentro e fora dos palcos contribuiu muito. Fora do palco, o fato de sempre pensarmos em grupo e como grupo, nunca baseado no individual, faz com que seja necessário entender o que se passa com a outra. Antes de sermos uma banda, somos amigas e essa relação é fundamental para a conexão em cima do palco, o público sente. A harmonia resultante da relação entre as integrantes é naturalmente transmitida para a música. 

Gabriella: Além disso, já tocamos em muitos lugares, de todo tipo na verdade, mesmo tendo pouco tempo de banda. A experiência que carregamos de cada local é enorme porque passamos por poucas e boas, como toda banda, especialmente no começo quando não sabíamos direito como proceder, o que levar... Tudo isso se tornou aprendizado, que hoje em dia nos dá maior segurança para fazer um som de qualidade. 

FRS: Em uma entrevista vocês comentaram que estavam compondo músicas próprias. Vocês tem a ideia de lançar um álbum de estúdio com inéditas? 

Camile: Sim! Nossa meta para esse ano é terminar de compor as nossas músicas para poder lançar um álbum. Recentemente gravamos o videoclipe do nosso primeiríssimo som e em breve divulgaremos no nosso canal do Youtube. 


Enquanto o disco ainda não chega, elas estão preparando o primeiro vídeo-clipe:



FRS: Nos shows, como é o planejamento do setlist visto que há tantas bandas importantes dentro do rock? 

Carolina: Bom, antes de tudo tocamos o que nos agrada e dentro das possibilidades, o que agrada o público. Músicas muito clichês ou muito desconhecidas nunca são uma boa, então achamos um meio termo. O repertório varia também de acordo com o ambiente no qual vamos nos apresentar.  

FRS: Como vocês definem a importância do hard rock em suas vidas?

Camile: Hard rock foi o primeiro estilo que tive contato e sempre que escuto me sinto bem pela vibe das músicas. 

Carolina: Foi o primeiro estilo que me apresentaram e desde os 5 anos, quando comecei na batera só tocava isso! 

Gabriella: É meu estilo musical favorito! Gosto da energia que é transmitida através da música. Além disso, a maioria das linhas de baixo do hard rock me agradam e eu adoro executá-las. Desde o início me dei bem com a Carol nesse sentido, gostamos de tocar as mesmas coisas e nos divertimos muito com isso.


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2 comentários

  1. Show, conheci a Backstage Queens no monster of rock e fiquei apaixonado, sucesso meninas.

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  2. Essas meninas destroem tudo! Tive o prazer de dividir palco com elas e fui prestigiá-las em alguns sons.
    Elas são as garotas do rock'n'roll Brazuka!

    BSQ parabéns mais uma vez!

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