Progressivo mais contemporâneo

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Por: Ingrid Natalie (@ingridnatalie)

Para quem gosta de viagens mais progressivas alá Pink Floyd fica a dica de ouvir Clayton Bodhi. O músico recentemente lançou na net o álbum "A Magia dos Deuses" um verdadeiro desafio, pois este foi um marco para seu retorno ao rock. Após um tempo sem tocar com muita frequência, Clayton se concentrou apenas em ouvir músicas e idéias foram surgindo e assim nasceu seu álbum instrumental como ele mesmo define sendo "bem cru, bem simples e sem timbres... apenas com sentimentos".



FRS. Quando e como começou sua trajetória no rock'n'roll?

Clayton: Foi em meados dos anos 90, quando eu e o Falcão que é meu primo e vocalista do Coyotes California, nos reuníamos todo fim de semana em sua casa e lá sempre estávamos escutando muita música através de seu irmão ( George ) e um outro grande amigo nosso ( Anderson ). Os caras estavam sempre escutando os álbuns do The Cure, The Smiths e outras bandas, e isso sempre foi despertando em nós uma grande vontade de tocar e montar uma banda. E em 97 mais ou menos, nós montamos o Na Veia, que futuramente veio se chamar Ritual Habitual. Paralelamente tocamos com o Alterlatinos, que misturava Hip Hop com Rock. Através do Alterlatinos, participamos de um documentário pela TV Cultura chamado Povos de São Paulo, que também teve sua tiragem em livro com o mesmo titulo. Em 2006 nós nos desligamos do Alterlatinos só para trabalhar com o Ritual Habiutal, gravamos uma demo com 3 musicas. Mas encerramos nossas atividades em 2007. E agora em 2010 eu estou de volta a cena musical com esse novo trabalho.

FRS. Quais as suas principais influências?

Clayton: Red Hot Chili Peppers, John frusciante, Jane's Addiction, Funkadelic, James Brown, Fugazi, Bad Brains, Jimi Hendrix, e muitas e muitas outras bandas, guitarristas, pintores, atores etc. 

FRS. Nos conte sobre o processo de composição do álbum "A Magia dos Deuses"

Clayton: As músicas foram saindo muito rápidas sempre de pequenas idéias, com isso já corria e gravava  e finalizando sempre sem demora. Mas era pra ser um álbum assim mesmo, bem simples, bem cru, sem muitos timbres, apenas com idéias que me agradavam bastante. E foram 9 musicas que entraram no álbum, ficaram mais algumas de fora. Fazer um disco grande só instrumental iria se tornar chato.

FRS. Por que decidiu fazer um álbum inteiramente instrumental?

Clayton: O álbum foi instrumental , porque a idéia era fazer  com um custo quase zero. Gravei tudo em minha casa, exceto  a faixa um belo dia de se ver , que gravei na casa do Falcão. Gastei apenas  50 reais  para mixar e masterizar todas as faixas no estúdio de um cara que é meu amigo ( Paulo Brancaccio), por isso da ausência da bateria, apenas guitarras efeitos e baixo, baixo que o Cassio Murilo ( Coyotes California ) gravou para mim. Com relação a voz, não estava me achando capacitado pra cantar, sempre fiz apenas back vocal, então não dava pra começar a cantar agora, não me sentia seguro.

FRS. Quais os seus projetos para 2011? 

Clayton: Para 2011, pretendo continuar fazendo mais musicas nesse estilo, um pouco diferente, mais trabalhadas.  Também estou desenvolvendo com Falcão ( Coyotes California ) um projeto ( ainda sem nome ) onde nós possamos colocar nossas idéias juntos com nossas influências, e de todos os anos que tocamos juntos.

Aonde ouvir:

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3 comentários

  1. Já vivi muita coisa junto desse porra. Até algumas mulheres já dividimos hahaha... O que eu não sei, pode perguntar pra ele que ele sabe kkkkkk

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  2. Musicas maravilhosas, que ecoam exatamente os sons que gosto de ouvir! Parabéns!

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  3. O alterlatinos era foda! pena que morreu.. :(

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