Josh nos mostrando que (não) está Off the Map

04:43

Por Helena Lucas

Nos tempos que é muito comum ouvir que tal album de músicas vazou na internet, eis que uma figurinha que passa de insignificante marcou as páginas dos tablóides e afins promovendo uma ação: gastando R$1.600 reais em disco.

O novo guitarrista da banda Red Hot Chili Peppers chamado Josh Klinghoffer, vulgo Kobe (lembrei disso agora), passou nua loja de disco localizada na Rua 7 de Abril (cidade de São Paulo) e conquistou o coração da galera sedenta por notícias de astros que aterrisam no Brasil prontos para um show e, de quebra, prontos para dar um gostinho aterrorizante nas notícias "minor thing".

Até agora eu não entendi qual foi o motivo da divulgação: se foi admiração ou se foi aterrorizante.

Nas minhas conversas com o namorado e alguns amigos que "sugam as músicas" a queixa frequente de que a absorção das músicas estão supérfluas, na maioria das vezes servem de trilha sonora para tarefas domésticas, escolares e são até mesmo descartáveis nos momentos de descanso. Não se tem mais o prazer de enfrentar um caminho para chegar até a loja, cobiçar prateleiras, pegar o álbum, alisar e analisar a capa, colocar em qualquer "toca som" e admirar mais um pouco a arte e a letra do artista executado. Não se pode ou não se deve?

Kobe mostrou ser pra lá de serelepe e levou Elis Regina, Tom Zé, Caetano...

Como tudo tem um culpado, eu acho que o culpado é a própria mente do século XXI, que insiste em pintar de antiquado todos os seres que admiram e aproveitam do "tato do contato", do apaixonante visual. Parece pecado você percorrer um corredor de lojas de disco e gastar seu salário ou sua mesada para comprar um produto, sobretudo produto que direciona a cultura e ao prazer. Colunas de qualquer meio de comunicação te colocam como arcaico quando você cita sua preferência por veículos manuais, no mundo onde tudo é direcionado para que seja a base do "enter, ctrl, alt, del".

Sou da geração da informática onde o próprio método educacional colocava a criança para aprender a como politicar no meio de um bate-papo virtual, mas às vezes me assusta o espanto que certas pessoas tem ao dizer que por mais que a precisão da geração Google seja ótima, não tem nada melhor do que pegar um CD, um disco, um livro, um jornal e deleitar-se no seu espaço off the map.

ps1: Josh Klinghoffer ganhou mais o espaço no coraçãozinho Fruscionete de Helena. Não, não é o começo de mais uma perseguição possessiva (risos).

ps2: Helena não faz resenha de discos sem discos. Virtuais são descartados mesmo.

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3 comentários

  1. 1) discurso clichê da década passada sobre comprar discos
    2) arcaico não tem acento
    3) vc faz juz à classe dos jornalistas musicais e escreve mau pra caralho

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  2. 1) sim, clichezérrimo e brega comparar essa era digital com a analógica, mr. Ayo Tech
    2) obrigada, Pasquazinho
    3) não faço juz a classe porque escrever em blogs não precisa significar que sou jornalista (sou estudante de Letras numa instituição pública) e fico feliz por você ter opinião, beijos

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  3. tem gente que gosta de soltar uma opinião negativa só pra atrapalhar o trampo dos outros, não pra fazer uma crítica construtiva. seu LOSER, se gostou ok, se nao gostou VAZA, simples! ou vá escrever o seu rock loser blog ... e SIM, sou leitor assíduo desse blog e amigo da Helena

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