Vejam o teaser mostrando alguns momentos durante as gravações do EP:

Texto: Ingrid Natalie (@ingridnatalie)

Cake é uma das bandas mais relevantes dos anos 90. O quinteto, oriundo de Sacramento, Califórnia, conta em sua formação com John McCrea (vocais, violão, piano), Vince DiFiore (trompete, teclados, backing vocals) , Xan McCurdy ( guitarra, backing vocals), Gabe Nelson (baixo, backing vocals) e Paulo Baldi  (bateria, percussão, backing vocals).  Em 2011 eles celebraram 20 anos de carreira com o lançamento do seu material mais recente, o 6º de estúdio, intitulado "Showroom Of Compassion" que recebeu excelentes críticas e atingiu o primeiro lugar no Top 200 álbuns da Billboard. Aliás, uma das curiosidades sobre este álbum é que foi produzido de forma independente.

As principais características da banda são melodias bem trabalhadas e letras repletas de sarcasmo, como a citar "Short skirt / Long Jacket" do disco "Comfort Eagle" (2001) ou a mais nova "Sick Of You". Cake se prepara para se apresentar no Lollapalooza Brasil 2013 e quem nos conta mais sobre a história , novo trabalho e expectativa em voltar ao Brasil é o trompetista Vince DiFiore. Confira:


FRS: A banda celebrou o aniversário de 20 anos, qual foi o momento mais marcante em sua carreira?

Vincent DiFiore: Quando Julia Roberts said " Eu amo CAKE," no The Late Show with David Letterman.

FRS: Eu li uma entrevista na qual vocês disseram "Cada álbum, nós ficamos melhores e talvez um pouco mais agressivos no nosso estilo". O que vocês fazem para se manterem atuais e verdadeiros com o estilo da banda?

Vincent DiFiore: Nós percebemos que somos tão bons quanto o nosso álbum mais recente. Temos a consciência que devemos ser criativos com ritmo e melodia, então nos focamos nisso. Somos também muito cuidados em manter um equilíbrio em todas as coisas. 

FRS: Para o seu último álbum "Showroom of Compassion" (2011)  vocês decidiram montar seu próprio estúdio em Sacramento. Houve mais liberdade para trabalhar com a melodia e as letras?

Sexto álbum de estúdio da banda lançado em 11/01/11

Vincent DiFiore: Não nos permitimos nos tornar excessivamente auto-indulgentes. O processo continuou o mesmo, mas nós apenas tivemos mais tempo para terminar o que começamos.

FRS: Quais foram as principais influências para este álbum? 

Vincent DiFiore: Isso é difícil responder porque nós trazemos nossas próprias influências, mas o estilo de composição de John é algo que eu hesito em especular. Honestamente, eu não consigo definir. 

FRS: Como se sentiram quando "Showroom of Compassion" alcançou #1 no 200 álbuns da Billboard em uma semana de estreia?

Vincent DiFiore: Celebramos nosso status de  #1. Foi bom ser o centro das atenções nas pesquisas por uma semana. 

FRS: Algo que eu sempre quis perguntar é sobre a versão do Cake para a música  "I will survive". Na minha opinião é a melhor, cheia de riffs e tem toque de humor.Como vocês surgiram com esse cover? 

Vincent DiFiore: A gravação original tem muitas partes em uma mistura, mas não tão percebida como melodia.  Nós adaptamos as partes, em seguida, nosso guitarrista escreveu um ótimo solo de blues. Isso realmente funcionou na minha opinião.

FRS: A banda está vindo para o Lollapalooza Brazil, o que o público pode esperar do show?

Vincent DiFiore: Tocaremos músicas de todos nossos álbuns. O público vai ser chamado para participar. Eles se voltaram um ao outro em uma grande experiência social.

FRS: Vocês aproveitarão para assistir outras bandas também?

Vincent DiFiore: Oh, claro que ouviremos outras bandas. Esta é a alegria de fazer parte de um excelente festival como este. 

FRS: Pode deixar uma mensagem para seus fãs brasileiros?

Vincent DiFiore: Faz tempo que tocamos no BrasiI. Muito obrigada por lembrar da gente. Faremos nosso melhor para entreter vocês.







Site oficial: http://www.cakemusic.com/

Sobre Lollapalooza Brasil: http://www.lollapaloozabr.com/

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Cake is one of the most relevant bands from the 90's. The quintet, native of Sacramento, California, counts in the line-up John McCrea (lead vocals, acoustic guitar, piano), Vince DiFiore (trumpet, keyboards, background vocals), Xan McCurdy  (electric guitar, background vocals), Gabe Nelson  (bass guitar, background vocals) and Paulo Baldi (drums, background vocals). In 2011 they celebrated 20 years anniversary of career with the release of their latest album, the 6th studio album, named "Showroom of Compassion" which received excelent comments and reached the first place at Billboard Top 200 Albuns. By the way, one of the curiosities about this record is that it was self-produced.

The main features of the band are well work melodies and sarcastic lyrics, like "Short skirt / Long Jacket" from the record "Comfort Eagle" (2001) ou the newest "Sick of You". Cake is getting ready to perform at Lollapalooza Brazil 2013 and who tell us more about the history, new work and the expectation in coming back to Brazil is the trumpeter Vince DiFiore. Check it out:

Vincent DiFiore: When Julia Roberts said "I love CAKE," on The Late Show with David Letterman.

Vincent DiFiore: We realize that we are only as good as our most recent album. We know that we have to be creative with rhythm and melody, so we focus on that. We are also careful to keep an even balance in all things.

Vincent DiFiore: We don't allow ourselves to become overly self-indulgent. The process remained the same, but we simply had more time to finish what we started.

Vincent DiFiore: That's hard to answer because we all bring our own influences, but the songwriting style of John's is something I hesitate to speculate on. Honestly, I can't define it.

Vincent DiFiore: We celebrated our #1 status. It was good to be the center of attention on the charts for a week.

Vincent DiFiore: The original recording has a lot of parts that are in the mix, but not noticed as much as the melody. We adapted those parts, then our guitarist wrote a great blues solo. That really makes it for me.

Vincent DiFiore: We play songs from all of our albums. The audience will be required to participate. They will be turned against one another in a grand social experiment.

Vincent DiFiore: Oh, of course we will listen to the other bands. That is part of the joy of being a part of a great festival such as this.

Vincent DiFiore: It has been a long time since we have performed in Brazil. Thank you for remembering us. We will do our best to entertain you. 

FRS: Antes de qualquer coisa, nós gostaríamos de saber, quais são as suas principais influências musicais? Sua voz parece ter vindo dos anos 70.

FRS: Você cresceu em uma cidade pequena, foi difícil fazer rock no interior?

FRS: Você é a líder da banda. Como se sente em ser a líder e a única mulher na banda?

FRS: Houve liberdade para trabalhar com as músicas do jeito que vocês queriam quando a banda assinou com a gravadora?

FRS: ‘Boys & Girls’ é um álbum incrível, pode nos contar mais sobre a produção do disco?

FRS: A música ‘Hold On’ parece muito pessoal, você estava vivendo um momento difícil quando escreveu a letra?

FRS: Alabama Shakes foi convidado por Jack White para gravar algumas músicas na gravadora dele a ‘Third Man Record’, pode nos contar mais sobre o convite dele e como foi trabalhar com ele?

FRS. A banda tocou recentemente no Bonnaroo Music & Arts Festival e agora se prepara para se apresentar no Lollapalooza Brasil. O que você acha sobre grandes festivais?

FRS: Quais são as suas expectativas em relação Lollapalooza Brasil, como esta é a sua primeira vez no país?

FRS. Você pode enviar uma mensagem para o seu público brasileiro?

Para quem busca uma sonoridade mais pesada, que caminha entre vários estilos desde hardcore, metal, surf music até a viagem do stoner rock recomendamos ouvir a banda Alohatomic. Os primeiros passos do quarteto começaram em Brasília quando Samyr Aissami (voz / guitarra) e Guilherme Guedes (bateria) formaram a banda Lafusa, quando mudaram para São Paulo em 2011 juntamente com Marcelo Peres (guitarra) eles sentiram a vontade de produzir uma sonoridade mais pesada e ao encontrarem Raphael Borghi (baixo) deram início ao projeto Alohatomic.  

Mesmo com pouco tempo de banda, eles gravaram em julho deste ano o primeiro EP intitulado "Aloha From The Crypt" disponível para download e audição no SoundCloud e já lançaram o clipe da música "Shake Your Money Maker". A banda mesmo afirma que para os fãs de riffs pesados, vocais rasgados e que ainda por cima curtem uma praia este EP vai fazer o verão ser certamente diferente e mais animado. Destacamos as faixas "The Curse Of The Evil Surfer" instrumental com batidas fortes e guitarras com pegada surf music e "Lobotomize Me"  que no início lembra trilha de velho-oeste e após os acordes do baixo te pegam totalmente de surpresa com o peso da guitarra e as batidas rápidas da bateria.

Quem explica mais sobre o início da banda, a gravação do EP e planos futuros é o próprio baterista Guilherme Guedes, que nos atendeu muito atenciosamente. Confiram!

Guilherme: Eu, Samyr (vocal/guitarra) e o Ganso (Marcelo Peres, guitarra) somos de Brasília, e mudamos para São Paulo no começo do ano passado. Eu e Samyr fazíamos parte de uma outra banda chamada Lafusa, que tinha uma pegada mais pop rock e MPB, e sentíamos falta de fazer um som mais pesado. Aí conhecemos o Borghi (baixo), que é daqui mesmo, e montamos a banda para nos divertir, sem pretensão de lançar discos nem nada. Mas acabamos gostando muito do resultado e decidimos apostar no projeto. O nome surgiu de última hora, porque iríamos fazer o nosso primeiro show e ainda não tínhamos decidido nada. A gente uniu "aloha" com "atomic" e curtimos a sonoridade das duas juntas.

Guilherme: Nosso som é uma mistura de hardcore, surf music e stoner rock, com um pouco de blues, punk e até de metal. Somos fãs de várias bandas de todos esses estilos, e tentamos fazer uma mistura interessante de tudo isso.

Guilherme: Sempre gostei mais de bateristas com a mão pesada, e no Alohatomic tento extrair o máximo do meu lado roqueiro. Pensando no som da banda, tenho escutado muito o John Bonham, do Led Zeppelin, os trabalhos do Dave Grohl na bateria - especialmente o Them Crooked Vultures - e as levadas do Iggor Cavalera tanto no Sepultura e como no Cavalera Conspiracy. Também tenho escutado muito Soundgarden, Deftones e Thriven, uma banda muito boa de Campinas que conheci este ano. 

Guilherme: Nosso processo de composição foi surpreendentemente rápido. Até tentamos fazer alguns covers, mas sempre tivemos mais tesão em criar as nossas músicas próprias. Em 3 meses de ensaios irregulares tínhamos as cinco músicas do EP prontas e arranjadas, e gravamos ao vivo, durante uma sessão de 3 horas em um estúdio aqui em São Paulo. O EP saiu há pouco tempo, mas já temos outras 6 músicas engatilhadas para o segundo EP, que deve sair em janeiro de 2013.

Guilherme: A internet mudou tudo. Alguns artistas mais conhecidos ainda conseguem viver dos velhos formatos, mas até eles tiveram que se adaptar. É muito mais fácil olhar para frente e tentar achar um modelo que se aplique bem à gente do que ficar buscando o retrocesso, querer que tudo volte a ser como antes. Pessoalmente, sou apaixonado pela quantidade de música que encontro na internet, e só não consumo conteúdo exclusivamente legal porque a pirataria ainda supera a mentalidade atrasada das grandes gravadoras, que insistem em limitar o acesso aos catálogos, ou oferecê-los em qualidade inferior do que encontramos ilegalmente. 

Guilherme: Todos nós temos algum tipo de ligação com o cinema, com o audiovisual - o Borghi vive disso, é diretor de cinema e especialista em efeitos especiais - e decidimos registrar a gravação só para termos algo com o que trabalhar no futuro. Um amigo nosso, o Aloízio Michael, pegou as imagens, editou por conta própria e ficou ótimo. A ideia inicial era ser apenas um teaser do EP, mas ficou tão legal que adotamos como o nosso primeiro clipe oficial.

Guilherme: Sem dúvida. Nosso foco agora é gravar o segundo EP, e vamos divulgá-lo exaustivamente em 2013, tanto na internet como em shows. Temos outros planos muito ambiciosos, especialmente em relação a novos clipes e trilhas sonoras, mas vamos revelar tudo isso no momento certo.

 http://www.facebook.com/alohatomic

Texto e edição: Ingrid Natalie

Fotos: Arthur Henrique