Holger: "Somos mais do que nós cinco, somos o ambiente que nos envolve, e todo ele sempre estará junto a cada passo nosso"

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Texto e edição: Ingrid Natalie 

Não é de hoje que o indie rock tem nos presenteado com bandas de sonoridades diferentes e igualmente interessantes, uma delas é a banda Holger. A trajetória deste super-comentado quinteto paulista começa com a amizade entre Marcelo Pata (guitarrista e baixista), Arthur (baterista e guitarrista) e Pedro (baixista e tecladista) decidiram gravar algumas músicas no violão dando origem a banda "That's All Folks", para incrementar essas composições eles adicionaram bateria e guitarra chamando Tché (Baixo/ Guitarra/ Voz)  e Bernado Rolla (Baixo/ Bateria/ Guitarra/ Percussão/ Voz) nascendo assim o Holger.

O primeiro registro fonográfico da banda chama-se "The Green Valley" tendo inspirações no folk e no indie rock dos anos 90, alcançando alguns curiosos e tanto que com isso eles tiveram oportunidades de se apresentarem no conceituado festival "Pop Montreal".  O segundo trabalho "Sunga" (2010) já é um pouco diferente, com ritmo mais dançante com elementos do indie rock e até de afro-pop, dando uma definição mais clara do estilo da banda. Agora eles se prepararam para o lançamento do sucessor de "Sunga" que se chamará "Ilhabela", com previsão de lançamento para dezembro de 2012 e teve a produção de Alex Pasternak (Lemonade). 

A julgar pelo primeiro single que autointitula o disco podemos esperar a mesma sonoridade dançante com as percussões, guitarra rítmica e a novidade fica pela composição em português, a faixa também contou com a participação de João Parahyba (Trio Mocotó) e Irina Betolucci (Garotas Suecas). Recentemente também anunciaram as músicas "Another One" com um toque mais eletrônico e "Tonificando" seguindo a mesma linha do primeiro álbum. Marcelo Pata nos contou mais detalhes sobre o processo de produção do novo trabalho e também a preparação para o Lollapalooza Brasil 2013, aonde foram confirmados no line-up. Confira: 

FRS: O  indie rock brasileiro tem crescido bastante, vocês atribuem esse fato a facilidade de divulgação da internet?

Pata: Sim, a internet ajuda muito mas o bom momento econômico do país sem duvida contribuiu muito, as pessoas podem sair mais, investir mais e logo lucrar mais em cima desse mercado, o resultado inevitável é um aumento do público.

FRS: Vocês estão preparando o segundo álbum "Ilhabela" com previsão de lançamento em dezembro. Para este novo trabalho podemos esperar o mesmo rock dançante de "Sunga"?

Pata: Sim, podemos esperar um resultado semelhante ao Sunga porém com algumas surpresas no meio, o processo de composição foi todo diferente, e passamos pela primeira vez a usar o idioma português  acho que estamos cada vez mais ligados as nossas raízes

FRS: A produção de "Ilhabela" foi de Alex Pasternak, como foi trabalhar com ele? 

Pata: Já eramos amigos do Alex há um tempo, sem falar que nunca escondemos a enorme admiração pelo trabalho dele com musico; ele acrescentou muito pra banda, juntou pontos, adicionou mais coisas eletrônicas. O Alex conhece bem música brasileira, e soube muito bem trabalhar nossas referências...

FRS: O álbum foi masterizado em Londres, quanto tempo levou para terminar todos os processo?

Pata: Compusemos a maior parte do disco entre novembro e dezembro do ano passado, gravamos em janeiro desse ano e a mixagem, feita em nyc pelo Alex junto com le chev chegou no segundo semestre. A masterização foi a parte mais rápida, levou menos de 3 semanas

FRS: Após o lançamento em dezembro a banda tem planos de excursionar por todo Brasil?

Pata: Sim, se houver gente querendo ouvir, sem dúvidas.

FRS: Como foi recebido o convite para tocar no Lollapalooza Brasil? E quais bandas vocês aproveitarão para assistir no festival?

Pata: Ficamos muito felizes com o convite do Lollapalooza, é sempre bom tocar em um grande festival na nossa cidade, poder tocar para todas as pessoas que nos acompanham de perto, sem falar que sempre há um público novo e curioso. Queremos ver o Graforréia Xilarmonica e o Flaming Lips bastante.

FRS: Falando em festivais, Holger já conquistou alguns fãs no Canadá após participarem do "Pop Montreal" vocês consideram esse o momento mais marcante na carreira? Já receberam proposta de voltar pra lá?

Pata: Foi um momento muito legal sem duvida, talvez um dos mais marcantes, mas a verdade é que todo momento foi importante para chegarmos onde estamos.Tocamos no Pop Montreal por três anos consecutivos, nossa recepção lá sempre foi ótima...Queremos bastante voltar mais vezes, o Pop Montreal faz parte da nossa história.

FRS: O Brasil está se tornando referência em festivais de música, para as bandas qual a importância de participar de festivais grandes como Lollapalooza?

Pata: É legal participar desse florido momento cultural brasileiro. Queremos levar quem acreditamos juntos. Somos mais do que nós cinco, somos o ambiente que nos envolve, e todo ele sempre estará junto a cada passo nosso.

A equipe do FRS agradece demais a atenção e simpatia da banda em conceder a entrevista.

Veja o clipe da música Let'em Shine Below:




Aonde encontrar a banda Holger:

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