Psicodelia marca o primeiro dia do Lollapalooza Brasil
11:26Texto e supervisão: Ingrid Natalie (@ingridnatalie)
Fotografia: Arthur Henrique (@twick_)
"Eu voltei, agora pra ficar...", calma, muita calma porque vamos sempre falar de rock'n'roll, mas essa música do Roberto Carlos expressa bem a representatividade do festival Lollapalooza Brasil que chegou realmente para fincar raízes. A abertura dos portões do Jockey Club em São Paulo ás 12 hs na sexta-feira, 29/03, decretou o início da segunda edição brasileira de um dos eventos de música mais prestigiados do planeta.
Assim como em 2012 a produção do Lollapalooza Brasil ficou na responsabilidade da Geo Eventos. A estrutura de palcos foi exatamente igual a primeira edição com as principais atrações se apresentando nos palcos Butantã e Cidade Jardim. A novidade ficou com a adição de um dia extra de shows que por coincidência (ou não) caiu na data de aniversário do criado do festival, Perry Farrel. Mas, chega de lenga-lenga e vamos falar do que realmente interessa.
O primeiro show que conferimos foi do Agridoce, dupla formada por Pitty e Martin. O show começou precisamente ás 14:15 no palco Cidade Jardim debaixo de uma leve garoa. O setlist foi composto basicamente por músicas presentes no primeiro álbum da dupla, não faltaram os hits "130 anos" e "Dançando". Teve "Across The Universe" (cover dos Beatles) e a novidade "Lágrimas Pretas" que foi gravada em parceria com Lirinha (ex-Cordel do Fogo Encantado). Este era o último show da turnê e por isso Pitty revelou que esse momento foi diferente uma vez que eles estavam acostumados a tocarem em teatros e em casas de show. Martin chamou a atenção para uma tradutora de libras que estava no lado direito do palco traduzindo todas as músicas. Nessa hora Pitty pediu, "pergunte se eles estão se divertindo".
Quem disser que o povo de terras frias não sabem animar e aquecer uma multidão vai cair do cavalo. A banda islandesa Of Monsters and Men agitou os fãs no palco Butantã. A garoa ainda teimava em persistir tanto que a vocalista Nanna Bryndís brincou, "é muito legal estar aqui na chuva". A sonoridade do sexteto gira em torno do folk e indie rock. Mesmo com apenas um álbum de estúdio lançado, My Head Is An Animal, o público se animou bastante e ficou cativado com a simpatia da banda.
O lema do Cake é " se você obedecer as regras, você perde toda a diversão". Esse foi o ritmo do show que começou ás 17:15 no palco Butantã. A banda californiana tem um entrosamento de muitos anos juntos. O carismático vocalista John McCrea tirou o chapéu diversas vezes para o público que delirou com os sucessos "Love You Madly", "Satan is my Motor", "Never There". John desceu do palco, alimentando ainda com mais entusiamo e pediu a total participação em "Sick Of You" presente no recente álbum "Show Room of Compassion" (2011). Teve momentos para os covers "I will Survive" (Gloria Gaynor) e "War Pigs" (Black Sabbath). A apresentação terminou precisamente ás 18:30 com a excelente e irônica "Short Skirt / Long Jacket".
Logo após, corremos pro palco Cidade Jardim para acompanhar o show de Flaming Lips. Podemos resumir como uma apresentação repleta de psicodelia, bonecos e obsessão por aviões. Em alguns momentos Wayne Coyne (vocalista) brincou com o fato de alguns aviões sobrevoarem o Jockey Club, dizendo que eles poderiam bater contra o palco e mesmo assim eles continuariam tocando ou até mesmo pedindo para que todos acenassem para eles. Havia no palco fios de luz, os quais proviam da boneca ao redor do vocalista.
Coyne comentou sobre nós, o público brasileiro, sermos o único público a cantar todas as letras.
The Killers, atração principal do dia, iniciou o show pontualmente ás 21:30 ao melhor estilo "se é isso que querem então aqui está", detonando com o hit "Mr. Brightside" do elogiado álbum "Hot Fuss". Brandon estava muito sorridente e esbanjando simpatia arriscando em português, "esta noite somos todos seus". A consistência forte do show continuou com "Smile Like You Mean It" e "Ms. Atomic Bomb"com direito a efeitos pirotécnicos. Fãs cantaram em uníssono "Human", e antes da clássica "Somebody Told Me" houve uma jam entre Mark, Dave e Ronnie. Com alguns efeitos pirotécnicos e papeizinhos a banda encerrou a primeira noite do festival em grande estilo, deixando todos os presentes satisfeitos e felizes na volta para casa.
Falando um pouco do público, que se dividia entre um palco e outro enfrentado a lama e garoas no Jockey, e , durante os shows, pulavam, gritavam e cantavam, sempre respeitando o espaço um do outro, a line-up do dia e a organização do evento pareceram deixá-lo bastante satisfeitos.
A volta para casa, como sempre, um pouco pertubada. Trânsito para carros e ônibus, muitos pedestres e filas gigantescas no metrô, repetindo o problema da edição passada, na locomoção do público nos dias do festival.
E o bicho já tá comendo no segundo dia de Lollapalooza. Mais atrações como Queens Of The Stone Age, Franz Ferdinand, The Black Keys e Alabama Shakes tocam ainda hoje no festival. Fiquem ligados aqui para mais cobertura do Lolla.
O primeiro show que conferimos foi do Agridoce, dupla formada por Pitty e Martin. O show começou precisamente ás 14:15 no palco Cidade Jardim debaixo de uma leve garoa. O setlist foi composto basicamente por músicas presentes no primeiro álbum da dupla, não faltaram os hits "130 anos" e "Dançando". Teve "Across The Universe" (cover dos Beatles) e a novidade "Lágrimas Pretas" que foi gravada em parceria com Lirinha (ex-Cordel do Fogo Encantado). Este era o último show da turnê e por isso Pitty revelou que esse momento foi diferente uma vez que eles estavam acostumados a tocarem em teatros e em casas de show. Martin chamou a atenção para uma tradutora de libras que estava no lado direito do palco traduzindo todas as músicas. Nessa hora Pitty pediu, "pergunte se eles estão se divertindo".
Antes da última música Martin agradeceu ao público e ao criador do festival, "Tio Perry, thank you so fucking much". Foto: Arthur Henrique |
Quem disser que o povo de terras frias não sabem animar e aquecer uma multidão vai cair do cavalo. A banda islandesa Of Monsters and Men agitou os fãs no palco Butantã. A garoa ainda teimava em persistir tanto que a vocalista Nanna Bryndís brincou, "é muito legal estar aqui na chuva". A sonoridade do sexteto gira em torno do folk e indie rock. Mesmo com apenas um álbum de estúdio lançado, My Head Is An Animal, o público se animou bastante e ficou cativado com a simpatia da banda.
O lema do Cake é " se você obedecer as regras, você perde toda a diversão". Esse foi o ritmo do show que começou ás 17:15 no palco Butantã. A banda californiana tem um entrosamento de muitos anos juntos. O carismático vocalista John McCrea tirou o chapéu diversas vezes para o público que delirou com os sucessos "Love You Madly", "Satan is my Motor", "Never There". John desceu do palco, alimentando ainda com mais entusiamo e pediu a total participação em "Sick Of You" presente no recente álbum "Show Room of Compassion" (2011). Teve momentos para os covers "I will Survive" (Gloria Gaynor) e "War Pigs" (Black Sabbath). A apresentação terminou precisamente ás 18:30 com a excelente e irônica "Short Skirt / Long Jacket".
John disse, "meu violão está enlouquecido". Foto: Arthur Henrique |
Coyne comentou sobre nós, o público brasileiro, sermos o único público a cantar todas as letras.
The Killers, atração principal do dia, iniciou o show pontualmente ás 21:30 ao melhor estilo "se é isso que querem então aqui está", detonando com o hit "Mr. Brightside" do elogiado álbum "Hot Fuss". Brandon estava muito sorridente e esbanjando simpatia arriscando em português, "esta noite somos todos seus". A consistência forte do show continuou com "Smile Like You Mean It" e "Ms. Atomic Bomb"com direito a efeitos pirotécnicos. Fãs cantaram em uníssono "Human", e antes da clássica "Somebody Told Me" houve uma jam entre Mark, Dave e Ronnie. Com alguns efeitos pirotécnicos e papeizinhos a banda encerrou a primeira noite do festival em grande estilo, deixando todos os presentes satisfeitos e felizes na volta para casa.
Falando um pouco do público, que se dividia entre um palco e outro enfrentado a lama e garoas no Jockey, e , durante os shows, pulavam, gritavam e cantavam, sempre respeitando o espaço um do outro, a line-up do dia e a organização do evento pareceram deixá-lo bastante satisfeitos.
Pai e filho juntos no primeiro dia do Lolla
Público indo para uma das atrações a tarde no palco Butantã
E o bicho já tá comendo no segundo dia de Lollapalooza. Mais atrações como Queens Of The Stone Age, Franz Ferdinand, The Black Keys e Alabama Shakes tocam ainda hoje no festival. Fiquem ligados aqui para mais cobertura do Lolla.
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