Nação Zumbi faz remontagens de grandes hits e mostra novos sons para o público paulista

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Jorge du Peixe durante apresentação no Cine Joia. Foto: Karen Fontana 
Show do álbum “Nação Zumbi” exibe todo o talento de uma das bandas mais influentes do país

Texto e Fotos: Karen F.

Cine Joia lotado (Praça Carlos Gomes, 82 - Liberdade - São Paulo) no último dia 15 para prestigiar o atômico, biônico e eletro-soulsônico maracatu de uma tonelada.Todos os ingressos vendidos para mais um show da Nação Zumbi que está em turnê de divulgação do seu mais recente álbum (e que tem a ilustre participação da sensacional Marisa Monte).

Jorge du Peixe, instigado como nunca; Lúcio Maia, sempre imponente com seus riffs e solos; Toca Ogan, com sua simpatia e ginga; Alexandre Dengue, com seu baixo destruidor; Pupillo, um dos mais queridos e disputados da cena brasileira; Gustavo da Lua, Gilmar Bola 8 e Tom Rocha com suas alfaias inconfundíveis, fizeram a noite fria de sexta esquentar por SP.

Deram início, pontualmente à 00:40 com 'Foi de Amor' seguido de 'Defeito Perfeito', ambas do cd lançado em 2014. Outras como 'Bala Perdida', o single 'Cicatriz', 'Novas Auroras' e a tão pedida por muitos 'Um sonho' também fizeram parte do setlist. Os pernambucanos surpreenderam com a rara 'Risoflora' do álbum Da Lama ao Caos, gravado ainda na época em que o vocal era conduzido pelo saudoso Chico Science, em 1994. Disco esse que integrou o manguebeat e revolucionou a música brasileira.

Lúcio Maia durante show no Cine Joia. Foto: Karen Fontana

Nação Zumbi lança vinil do último disco em show no Cine Joia. Foto: Karen Fontana
Uma notável energia se espalhou pelo público presente quando tocada 'Inferno' e como era de se esperar foi formada uma grande roda em 'Da Lama ao Caos' e 'Quando a Maré Encher'. Também fizeram parte do repertório clássicos como: 'Manguetown', 'Rios, Pontes e Overdrives', 'Etnia', 'A Cidade', 'Cidadão do Mundo', 'Hoje, Amanhã e Depois', 'Blunt Of Judah', 'Fome de Tudo' e 'Bossa Nostra'. A apresentação durou aproximadamente 1h40m de muita sonzeira.
Após sete anos sem lançar disco de estúdio e um hiato da banda para dar espaço aos projetos paralelos de seus integrantes, o grupo vem há exatas duas décadas recriando movimentos sonoros e cultivando a produção musical que vai além do manguebeat.

Lúcio Maia mostrando sua competência. Foto: Karen Fontana


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