Chula Rock Band explica porque o rock não precisa de frescuras
12:03Chula Rock Band - Foto: Fernanda Tiné |
Um sonho perseguido desde 2010 torna-se realidade para esses quatro talentosos músicos
Por: Ingrid Natalie (twitter: @ingridnatalie)
Minas Gerais já revelou diversos artistas importantes para o rock nacional e continua seguindo a tendência apresentando Chula Rock Band. O quarteto nasceu em 2010 na cidade de Divinópolis (MG) e conta em sua formação com os músicos Márcio Chula (voz e guitarra), Rhodes Madureira (guitarra), Felipe Fox (baixo) e Pedro Moykano (bateria) e exibe como principal inspiração para o som o rock clássico. A banda realizou o show de lançamento do seu disco de estreia "Agora É Guerra" no dia 13/05, no Vila Seu Justino (Rua Harmonia, 77 - Vila Madalena) em São Paulo.
Para quem aprecia o bom e velho rock'n´roll "Agora É Guerra" é uma excelente pedida. O disco contém dez músicas de uma sonoridade mais visceral e sem frescuras. A gravação ocorreu no Estúdio Locomotiva em Belo Horizonte com a produção do próprio guitarrista da banda e de Marcelinho Guerra. As participações especiais também constituem o ingrediente para fazer deste álbum relevante. Wilson Sideral toca na faixa “Puro Instinto”, Pedro Pelotas (Cachorro Grande) está em “Amizade Colorida” e do violinista e co-fundador do Teatro Mágico, Galldino, em “A Oração”.
Algumas das curiosidades da banda se encontram no parentesco de Rhodes e o Chula, que são primos. Rhodes também lecionou aulas de guitarra para o primo e tocaram juntos em uma banda antes da Chula Rock Band. O baixista, Felipe Fox, também já participou de outros projetos com o Márcio Chula. Já Pedro e Rhodes produziram juntos um single da banda na qual o baterista tocava antigamente e quando precisaram de um baterista, o Pedro se encaixou perfeitamente no som da Chula Rock Band. Quem conta mais detalhes sobre a fase atual da banda, a produção do novo disco e objetivos futuros é o próprio guitarra Rhodes Madureira, confira:
FRS: Vocês disseram que "Agora É Guerra" representa a fase atual da banda. Como vocês definem esse momento?
Rhodes: "Agora é Guerra" surgiu quando decidimos realmente declarar guerra a tudo que achamos necessário. Guerra as mudanças no mundo e dentro da gente mesmo, guerra num mercado onde o rock não está tão em alta como já foi, guerra contra todas as dificuldades que poderíamos encontrar nesse caminho. E analisando, você vê que temos letras que reforçam a fé e a confiança que temos em nós mesmos e que achamos que todo mundo deveria ter também fé em si mesmo e força pra lutar, porque não adianta muita fé e pouca luta, não é mesmo? Toda essa vontade de crescer foi colocada no trabalho, que fizemos de uma maneira nunca feita antes por nós, com as bases todas do disco gravadas ao vivo em estúdio, com tudo um aparato técnico que até então não havíamos usado. O momento é de crescimento, de confiança e de correr atrás de divulgar nosso som pra todo lado.
FRS: Como funciona o processo de composição para a banda?
Rhodes: O Márcio Chula (voz e guitarra) é nosso principal compositor. Todas as canções do disco são dele, seja sozinho ou com algum parceiro, seja membro da banda como o Rhodes (guitarrista e produtor musical) em 3 canções, seja com outros parceiros. Mas o processo de arranjo do disco foi todo feito em conjunto. Tocávamos a canção algumas vezes no violão e íamos conversando sobre os rumos e referências e íamos direto pro ensaio passar, logo em seguida. Teve canção que ficou pronta praticamente de primeira, já outras tivemos que fazer mais de uma versão para decidirmos qual era o melhor “clima” pra ela.
FRS: Falando de "Agora É Guerra", quanto tempo levou até ficar pronto e quais foram as influências?
Rhodes: Começamos a pré produção em maio de 2014, selecionando canções, compondo coisas novas e já focados em gravar ao vivo. Feito isso, gastamos cerca de 15 dias de ensaio somente e 4 dias de estúdio para fazer as bases ao vivo e os overdubs, esse processo foi muito rápido. Ai fomos cuidar das participações, do design, do planejamento de divulgação e tudo isso fez parte desse tempo de trabalho que durou até abril, quando lançamos o disco. Detalhe que as cópias ficaram prontas um dia antes do lançamento, ou seja, foi tudo quase que cronometrado (risos). Agora, sobre as influências, esse disco passa por caras diferentes que se complementam e apresentam bem nossas vertentes. Ouvimos muito o rock clássico internacional dos 70, o rock nacional dos 80 e um pouco do pop rock de 90 e 2000, ou seja, grande parte de tudo que gostamos e ouvimos, entrou de alguma forma nas influências desse disco.
FRS: Vi em uma entrevista que vocês optaram por usar um rock mais direto e sem tantas frescuras. Vocês acreditam que essa é uma forma do ouvinte se conectar com a música?
Rhodes: Da mesma forma que os acústicos fizeram tanto sucesso por mostrarem ao público a essência da canção, ali na sua forma mais básica no violão e voz, e ao mesmo tempo sofisticando arranjos e tudo mais, acreditamos que o rock, ainda mais um disco gravado quase todo ao vivo, deveria ser assim. Falta no mercado mainstream uma banda que faça um rock mais visceral, cru, sem ficar polindo demais as coisas pra deixar mais assim ou mais assado... Optamos pelo discurso direto pra evitar ruídos na comunicação e mostrar que rock não precisa de muita frescura, baixo, bateria e guitarra são a essência de tudo.
FRS: "Agora É Guerra" possui bastante melodias alegres/dançantes e letras de assuntos cotidianos. Pode nos contar sobre esse lado da banda...
Rhodes: A gente sempre optou por não trabalhar com melodias ou temáticas tristes e temos isso desde 2012 na nossa primeira demo e também nos dois EPs de 2013 e 2014. O rock lá no início da sua história nasceu como um estilo pra se dançar e a gente leva isso muito a sério. Claro que letras pra pensarmos na vida são fundamentais assim como momentos mais pesados do famoso “bater cabeça” também tem seu momento, mas o rock dançante tem sido cada vez mais o que buscamos. Colocar a galera pra dançar rock´n roll nos shows é uma experiência muito bacana de se ver de cima do palco.
FRS: Vocês disponibilizaram gratuitamente o álbum. Qual a importância dessa atitude no mercado musical nos dias de hoje?
Rhodes: Acredito que a internet é algo que mudou o mercado para sempre. Nosso disco também está a venda, tanto digital quanto físico e se perguntarem como estão as vendas, basta dizer que a primeira tiragem do cd já se esgotou que conseguimos mostrar que música ainda se vende sim. Agora, nem todos tem condição, nem todos tem o hábito e nem todos tem acesso ao produto físico também, acreditamos que o download gratuito é a melhor maneira pra atingir o maior número de pessoas e na maior quantidade de locais possíveis. Recebemos emails e mensagens no facebook de tantos lugares diferentes que nunca achamos que nosso som chegaria lá, pelo menos não por enquanto. O download permite isso. Quem realmente curtir e quiser levar pra casa, tem um CD lindo esperando, com um trabalho gráfico de um artista plástico super talentoso que é o Gustavo Daldegan, com uma direção artística do Túlio Rivadávia que era do Teatro Mágico e fotos da Letícia Morato na nossa Tiradentes aqui em Minas Gerais, a cidade da nossa “guerra” mineira. Tudo está ligado e tem rock pra todo mundo.
FRS: Para finalizar, quais os planos futuros para a Chula Rock Band?
Rhodes: Agora que já lançamos o CD e fizemos o show de lançamento em Sampa que era o primeiro plano, estamos em divulgação em massa na internet e nas rádios. Fizemos recentemente uma tour nas rádios do Rio Grande do Sul e voltaremos pra lá em setembro. Estamos também com show em Minas, São Paulo, Distrito Federal e começando a pintar convites pra outros estados. A ordem agora da guerra é rodar por aí, levar nosso som pro maior número de pessoas possível. Temos também um DVD chamado Diário de Bordo que é um mini documentário sobre a gravação do disco, com bastidores, depoimentos e clipes de todas as canções com cenas reais do momento das gravações. Acho que daí pra frente, ainda não podemos dizer muito, estamos de peito aberto pro que rolar com nosso som que, graças a Deus, tem sido muito bem aceito fazendo a gente rodar bastante por aí e estamos ansiosos pra que isso dê seqüência e que consigamos cada vez mais avançar com nossa tropa, afinal, agora é guerra. (risos)
FRS: Vocês disseram que "Agora É Guerra" representa a fase atual da banda. Como vocês definem esse momento?
Rhodes: "Agora é Guerra" surgiu quando decidimos realmente declarar guerra a tudo que achamos necessário. Guerra as mudanças no mundo e dentro da gente mesmo, guerra num mercado onde o rock não está tão em alta como já foi, guerra contra todas as dificuldades que poderíamos encontrar nesse caminho. E analisando, você vê que temos letras que reforçam a fé e a confiança que temos em nós mesmos e que achamos que todo mundo deveria ter também fé em si mesmo e força pra lutar, porque não adianta muita fé e pouca luta, não é mesmo? Toda essa vontade de crescer foi colocada no trabalho, que fizemos de uma maneira nunca feita antes por nós, com as bases todas do disco gravadas ao vivo em estúdio, com tudo um aparato técnico que até então não havíamos usado. O momento é de crescimento, de confiança e de correr atrás de divulgar nosso som pra todo lado.
FRS: Como funciona o processo de composição para a banda?
Rhodes: O Márcio Chula (voz e guitarra) é nosso principal compositor. Todas as canções do disco são dele, seja sozinho ou com algum parceiro, seja membro da banda como o Rhodes (guitarrista e produtor musical) em 3 canções, seja com outros parceiros. Mas o processo de arranjo do disco foi todo feito em conjunto. Tocávamos a canção algumas vezes no violão e íamos conversando sobre os rumos e referências e íamos direto pro ensaio passar, logo em seguida. Teve canção que ficou pronta praticamente de primeira, já outras tivemos que fazer mais de uma versão para decidirmos qual era o melhor “clima” pra ela.
FRS: Falando de "Agora É Guerra", quanto tempo levou até ficar pronto e quais foram as influências?
Rhodes: Começamos a pré produção em maio de 2014, selecionando canções, compondo coisas novas e já focados em gravar ao vivo. Feito isso, gastamos cerca de 15 dias de ensaio somente e 4 dias de estúdio para fazer as bases ao vivo e os overdubs, esse processo foi muito rápido. Ai fomos cuidar das participações, do design, do planejamento de divulgação e tudo isso fez parte desse tempo de trabalho que durou até abril, quando lançamos o disco. Detalhe que as cópias ficaram prontas um dia antes do lançamento, ou seja, foi tudo quase que cronometrado (risos). Agora, sobre as influências, esse disco passa por caras diferentes que se complementam e apresentam bem nossas vertentes. Ouvimos muito o rock clássico internacional dos 70, o rock nacional dos 80 e um pouco do pop rock de 90 e 2000, ou seja, grande parte de tudo que gostamos e ouvimos, entrou de alguma forma nas influências desse disco.
Chula Rock Band: "Agora é Guerra" surgiu quando decidimos realmente declarar guerra a tudo que achamos necessário. Foto: Fernanda Tiné |
Rhodes: Da mesma forma que os acústicos fizeram tanto sucesso por mostrarem ao público a essência da canção, ali na sua forma mais básica no violão e voz, e ao mesmo tempo sofisticando arranjos e tudo mais, acreditamos que o rock, ainda mais um disco gravado quase todo ao vivo, deveria ser assim. Falta no mercado mainstream uma banda que faça um rock mais visceral, cru, sem ficar polindo demais as coisas pra deixar mais assim ou mais assado... Optamos pelo discurso direto pra evitar ruídos na comunicação e mostrar que rock não precisa de muita frescura, baixo, bateria e guitarra são a essência de tudo.
FRS: "Agora É Guerra" possui bastante melodias alegres/dançantes e letras de assuntos cotidianos. Pode nos contar sobre esse lado da banda...
Rhodes: A gente sempre optou por não trabalhar com melodias ou temáticas tristes e temos isso desde 2012 na nossa primeira demo e também nos dois EPs de 2013 e 2014. O rock lá no início da sua história nasceu como um estilo pra se dançar e a gente leva isso muito a sério. Claro que letras pra pensarmos na vida são fundamentais assim como momentos mais pesados do famoso “bater cabeça” também tem seu momento, mas o rock dançante tem sido cada vez mais o que buscamos. Colocar a galera pra dançar rock´n roll nos shows é uma experiência muito bacana de se ver de cima do palco.
FRS: Vocês disponibilizaram gratuitamente o álbum. Qual a importância dessa atitude no mercado musical nos dias de hoje?
Rhodes: Acredito que a internet é algo que mudou o mercado para sempre. Nosso disco também está a venda, tanto digital quanto físico e se perguntarem como estão as vendas, basta dizer que a primeira tiragem do cd já se esgotou que conseguimos mostrar que música ainda se vende sim. Agora, nem todos tem condição, nem todos tem o hábito e nem todos tem acesso ao produto físico também, acreditamos que o download gratuito é a melhor maneira pra atingir o maior número de pessoas e na maior quantidade de locais possíveis. Recebemos emails e mensagens no facebook de tantos lugares diferentes que nunca achamos que nosso som chegaria lá, pelo menos não por enquanto. O download permite isso. Quem realmente curtir e quiser levar pra casa, tem um CD lindo esperando, com um trabalho gráfico de um artista plástico super talentoso que é o Gustavo Daldegan, com uma direção artística do Túlio Rivadávia que era do Teatro Mágico e fotos da Letícia Morato na nossa Tiradentes aqui em Minas Gerais, a cidade da nossa “guerra” mineira. Tudo está ligado e tem rock pra todo mundo.
Capa do disco, "Agora É Guerra". |
Rhodes: Agora que já lançamos o CD e fizemos o show de lançamento em Sampa que era o primeiro plano, estamos em divulgação em massa na internet e nas rádios. Fizemos recentemente uma tour nas rádios do Rio Grande do Sul e voltaremos pra lá em setembro. Estamos também com show em Minas, São Paulo, Distrito Federal e começando a pintar convites pra outros estados. A ordem agora da guerra é rodar por aí, levar nosso som pro maior número de pessoas possível. Temos também um DVD chamado Diário de Bordo que é um mini documentário sobre a gravação do disco, com bastidores, depoimentos e clipes de todas as canções com cenas reais do momento das gravações. Acho que daí pra frente, ainda não podemos dizer muito, estamos de peito aberto pro que rolar com nosso som que, graças a Deus, tem sido muito bem aceito fazendo a gente rodar bastante por aí e estamos ansiosos pra que isso dê seqüência e que consigamos cada vez mais avançar com nossa tropa, afinal, agora é guerra. (risos)
Parafraseando mineiros, "Uai!" Informe-se! Procure saber mais! O álbum “Agora É Guerra” está disponível para download gratuito no site oficial da banda www.chularockband.com.br e também pode ser encontrado para venda nos formatos CD, digital e em todas as plataformas de música via streaming. Além disso, a Chula Rock Band lançou recentemente o vídeo-clipe da música, "Dia de Rock".
Dirigido por Theago Iozzi e produzido pela Imaginare Filmes, o clipe, gravado em Uberlândia (MG), traz imagens do quarteto mineiro tocando ao vivo num bar mescladas com cenas das ruas da cidade, por onde eles passaram dentro de um Opala. Quem conta é o guitarrista Rhodes: “Com toda a nossa influência do rock dos anos 70, não tinha carro melhor para o clipe do que um Opala. Nós que somos apaixonados por esse carro e adeptos a chamada ‘Opala Terapia’, acabamos conseguindo um SS pra gravar pelas ruas de Uberlândia, cidade que gostamos tanto”.
Dirigido por Theago Iozzi e produzido pela Imaginare Filmes, o clipe, gravado em Uberlândia (MG), traz imagens do quarteto mineiro tocando ao vivo num bar mescladas com cenas das ruas da cidade, por onde eles passaram dentro de um Opala. Quem conta é o guitarrista Rhodes: “Com toda a nossa influência do rock dos anos 70, não tinha carro melhor para o clipe do que um Opala. Nós que somos apaixonados por esse carro e adeptos a chamada ‘Opala Terapia’, acabamos conseguindo um SS pra gravar pelas ruas de Uberlândia, cidade que gostamos tanto”.
Veja o resultado:
0 comentários