Martin Mendonça é um dos guitarristas mais talentosos do Brasil na atualidade. Nascido em Salvador, Bahia, o músico de 39 anos caminha há mais de uma década juntamente com a cantora Pitty, com quem também formou o duo folk Agridoce. Além disso, ele participou de um projeto com o baterista Duda Machado, que levava o nome dos dois, e com o qual lançou o disco “Dezenove vezes Amor”. Hoje, ele segue estrada pela carreira solo e mostra seu primeiro álbum, “Quando Um Não Quer”, pela gravadora Deck. 

A produção do disco aconteceu em São Paulo, entre os estúdios Costella e 12 Dólares, e resultou nove composições, todas escritas por Martin, exceto as músicas “Coisas Boas”, de Fábio Cascadura e Ricardo Alves. Como o próprio define, o disco não tem um estilo único, o som percorre por vários “lugares”, sem restrição de gênero. As letras abordam relações disfuncionais, como a faixa de abertura, “Linda”, e “O Fim”. Tratam também sobre superação, como “Outra História”.

No momento presente, Martin prepara a gravação de seu novo vídeo clipe e seu seu repertório em formato acústico em São Paulo, na sede da produtora Hard, para esta quinta-feira, 03 de setembro. Esse registro será especial, pois terá a participação de alguns fãs, que foram escolhidos atravésessa das redes sociais do músico. O público verá de perto as filmagens do videoclipe da música “Linda”, além de passarem o dia com o guitarrista e assistir ao show acústico. Martin será acompanhado por Gui Almeida (violão) e Paulo Kishimoto (percussão). Ele conversou conosco sobre o álbum de estreia e a performance intimista. Leia:

FRS: Você esteve essencialmente sempre em bandas e agora parte para carreira solo. Como você analisa esse momento?  

Martin - Não muda muita coisa, pois continuo tocando na banda de Pitty e já tinha meu projeto com Duda, onde sou vocalista e guitarrista. A diferença é que agora tem esse lance de me assumir como artista solo, que francamente é algo com o que não sei lidar direito.

Martin - Um pouco dos dois. A ideia inicial geralmente aparece de supetão, mas geralmente levo ainda bastante tempo burilando ela até me dar por satisfeito com o resultado.

Martin - A maioria das músicas foram compostas nos intervalos das turnês de Pitty e Agridoce, mas algumas pintaram durante a gravação, como O Fim. Sou influenciado por muita gente, mas é super difícil citar quem eu trouxe pro disco ou não. Não acho que meu som seja muito referencial e acredito que ,mesmo citando algumas referências, não seria fácil achar traços delas no meu som.

Martin - Tenho um carinho muito especial por essa música e já vinha trabalhando nela a bastante tempo antes de gravá-la. Trabalhar com eles dois foi demais, Pitty já é minha parceira a muito tempo e Lira é um artista com quem eu sempre tive vontade de colaborar e a química com os dois nessa música foi incrível e super natural.

Martin - Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima ;)

Martin - Na preparação não tem muita diferença não, é ensaiar muito, muito mesmo. A grande diferença é o lance de ser pra pouca gente, que vai estar bem pertinho da gente, isso as vezes é mais assustador e intimidador que tocar pra 10, 15, 20 mil que estão lá longe.

Martin - Tocar muito, voltar a compor, curtir minha família, cuidar da minha saúde e desfrutar dos meus amigos. 

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